segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Mummy's Day

Hoje foi o dia para a mãe! É verdade. Desde que cheguei a Lisboa que este foi o primeiro momento para estar a sós com a mãe Celeste e falar de todas as experiências, aventuras e coisas que me aconteceram no Rio, assim como dos projectos futuros que se avizinham.

O dia começou cedo e como o frio era de rachar agasalhámo-nos bem. Apesar de já não estar tão frio como estava naqueles primeiros dias em que cheguei, o facto é que depois de vir do Rio, com temperaturas de 35º tudo nesta terra me parece frio e por isso saí de cachecol, casaco de pele e meias bem quentes.

O destino, como sempre, o nosso retiro fantástico no Guincho, que já há tantos anos é nosso porto de abrigo nesta altura do Natal, como uma espécie de chave para encerrar um ciclo e começar outro, como aconteceu com a minha vinda de Intercâmbio e também com o fim do ano que se aproxima. E se estava um dia fantástico para lá ir. Com a chuva a bater forte lá fora e um vento de cortar, eis que num ambiente super acolhedor com o crepitar da lareira se vislumbravam alguns gatinhos bem rechonchudos e a vista de tirar o fôlego das praias do Guincho e da Serra da Malveira.

Vimos fotos e falámos do bom que foi toda a experiência. Não falámos nada de mau pois nada há a apontar de menos positivo. Desde o ponto de vista académico até à experiência em si, com todos os amigos e pessoas e lugares novos que vivemos, tudo foi excepcional. Mais tarde, já à sobremesa, havíamos de falar dos projectos futuros e desafiantes que se avizinham, e no meio do espanto e admiração por querer ir ainda mais longe, algumas preocupações de várias ordens assolaram a mãe. Mas como ela diz sempre "dá-me tempo para digerir!" e eu já sei que é preciso dar tempo para se habituar às ideias e pensar nas estratégias a seguir.

Nada há de melhor do que uma tarde destas! E se foi bom...Acho que sonhava com isto há longos meses e foi tal e qual como eu imaginava. Quando penso mais a sério imagino o que é ter de viver neste mundo selvático sem a ter por perto mas logo fujo desse pensamento tão penosamente doloroso e que espero ser uma realidade bem distante.

Aliás, o que é que temos de melhor nesta vida senão a Família...mas dentro dela a mãe. A mãe é Coruja, é Ninho, é Retiro e Amor Incondicional que toca no fundo de nós, de onde todos viemos e que nos aceita sempre na nossa individualidade, como somos, com as nossas manias e formas de ser, com as nossas teimosias e projectos, sem nunca apontar o dedo inquisidor tão típico da nossa 'querida' cultura portuguesa.

AMO-TE MÃE!


   

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