sábado, 30 de outubro de 2010

A Vida é feita de Momentos...

De facto, nada me ocorria de mais apropriado para o título desta mensagem do que dizer que a Vida é mesmo feita de momentos...

Há quem diga que é impossível viver num estado pleno e permanente de felicidade e em parte concordo. De lado as hipocrisias e ninguém me venha dizer que é 24 sobre 24 horas feliz. Impossível! Somos felizes em certos momentos e tristes noutros... e é isso que é normal e saudável. Imagino o quão sufocante deve ser ter de viver sempre feliz ou bem disposto.

Mas toda esta dissertação sobre Felicidade para dizer que ontem e hoje foram dias particularmente felizes aqui no Rio.

Ontem começamos com as gravações para o nosso anúncio de televisão que faz parte da nossa segunda avaliação à cadeira de Publicidade e Propaganda. O tema é "Menos Internet. Mais Encontros!" e decidimos fazer algo que abordasse tudo aquilo que não se pode fazer ou sentir pela Internet, e que, basicamente, tem que ver com as sensações, sentimentos e afectos. Toda a trilha tem que ver com isso mesmo: os 5 sentidos que nos faltam, que nos faltam quando estamos na Internet, enquanto podíamos aproveitar para estar em encontros reais com amigos, familiares e companheiros. Com a nossa amiga e companheira de trabalho Telma fomos filmar as cenas do Beijo, com os actores Diogo (um português) e a Alaís (uma brasileira), e se foi picante...acho que por eles lá ficariam; a cena do Batom, em que a actriz, uma aluna portuguesa também em Intercâmbio, a Ana, aceitou interpretar o papel de uma jovem que se prepara para sair de casa para ir para uma festa, em prol de ficar em casa na Internet; por fim filmámos a cena das Amigas num Aniversário, em que as actrizes também portuguesas, a mesma Ana e a Inês, interpretavam uma situação em que a aniversariante no seu dia de anos se encontra com uma grande amiga de há longos anos e está última a recebe com um pequeno bolinho e uma vela de Parabéns e um forte abraço e beijo de ternura.

Apesar de ainda faltarem gravar algumas cenas estava muito céptico com a qualidade daquilo que íamos fazer, isto porque, não temos aqui no Rio os mesmos recursos que em Lisboa. Resta-nos uma máquina de fotografar e filmar boa, mas sem artilharia xpto e a nossa criatividade e bom senso, Mas na verdade até que me surpreendi com o bom resultado do que fizemos. Logo aqui começou o 1º momento de felicidade destes 2 dias!

Depois, ao fim do dia, com um calor já na casa dos 31º, a convite das nossas amigas de Intercâmbio Mariana e Rita, fomos jantar a casa delas! Esperava que corresse bem e fosse giro mas superou as expectativas! Apesar de já as conhecer minimamente bem descobri duas pessoas fantásticas, inteligentes, bonitas, bem dispostas e sempre a rir...e de boa índole, o mais importante. Depois de termos jantado uma refeição óptima que elas tão carinhosamente nos prepararam sentamo-nos a conversar sobre a nossa Católica e sobre a experiência de vida da Mariana dos Morangos com Açucar. Foi muito giro... E à sobremesa um  bolo fantástico da nossa confeitaria preferida: a "Torta&Cia". E aqui, neste bloco, o 2º momento de felicidade.

O fim de noite prometia...à meia noite saiamos de casa da Rita e da Mariana para irmos até ao Rio Scenarium, um dos bares/discoteca mais badalados e conhecidos do Rio. Um autêntico museu com 4 andares de peças fantásticas que só por si fazem o sítio: bicicletas antigas penduradas no tecto, Cadillacs à entrada de cada sala, trajes coloridos de baianas, dezenas de telefonias antigas penduradas nas paredes e relógios de cuco de madeira lindos e colecções de chapéus de chuva e muitas outras coisas que a vossa imaginação possa pensar. Tudo numa ordem aparentemente caótica atendendo ao número elevado de pessoas que estavam no espaço. Aliás, também isso factor de reflexão...todo o tipo de pessoas, com diferentes credos, crenças. cor de pele e orientações sexuais a conviverem harmoniosamente com um objectivo comum: divertirem-se numa noite fantástica de calor com uma Lua linda que se podia observar das inúmeras varandas do espaço, de onde se via toda a cidade!

Depois de termos percorrido todo o espaço que inclui um restaurante, um pub, uma discoteca e uma pista de danças brasileiras decidimos ficar no espaço do andar térreo onde se podia ouvir uma mulheraça com uma voz potente a cantar Buarque, Veloso, Bethânia, Gadú e tantos outros ritmos calientes aqui dos trópicos. Depois de 2 horas a dançar lá decidimos vir embora, mas sem antes tirar uma foto à porta do famoso espaço. Eram 4 da manhã quando chegámos a casa sãos e salvos...sim porque sair aqui à noite não é como em Lisboa. Tudo tem de ser feito com cuidados redobrados e muita,  muita atenção. Este foi o 3º momento de felicidade.

Às 5 da manhã adormeci. Cheguei a casa e não tinha sono de tão excitado que estava com a noite fantástica que tínhamos tido e por isso ainda estive a ouvir música uma hora. Claro que depois de uma noite destas tinha que dormir e dormir muito!!! Acordei hoje, quase à 1 da tarde com um dia de Sol lá fora magnífico. 34º marcava o termómetro da Bartolomeu Mitre.

Como tínhamos combinado dar um pulo à praia almocei uma salada. Mas de repente o São Pedro fez das suas... O dia virou 360º e começou a haver um vento ciclónico...Ainda fui à praia na esperança de que o vento parasse mas não parou. Tudo se estava a vir embora mas já que tinha lá ido aproveitei para beber uma água de coco geladinha na nossa já conhecida amiga Regina.

Depois de chegar a casa, o Senhor das Torneiras decidiu abri-las e choveu, choveu e choveu...mas choveu como eu nunca tinha visto chover, com vento e uma trovoada tropical daquelas de meter respeito a qualquer um. Mas já sabem que nada me dá mais prazer do que estar em casa a ver chover lá fora, no conforto do lar, com uma luz ambiente e a ouvir uma boa música. E foi isso que aconteceu...por isso até que a virada climática foi boa! 4º momento de felicidade.

E é disto que a Vida é feita. De momentos de FELICIDADE como estes que vivi ontem e hoje e como os que tenho vivido aqui com o Chico no Rio.

E apesar de tantas coisas que estão a anos luz da nossa civilizada Europa o facto é que acho que começo a perceber aquilo que me diziam tantas pessoas como os Pais, os Amigos, a Dra, o Pedro, o António, a Carlota...de que aqui, se pelo menos não se toca o Paraíso, certamente se leva muita Saudades e Boas Recordações!

Bjs&Abraços

Alex

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Às 2 Mulheres da Minha Vida!


Não há muitas formas de começar esta mensagem a não ser dizendo que hoje faço anos!

Para todos os que me conhecem minimamente bem sabem que não há data que mais goste de comemorar do que esta. Podem achar narcisismo mas até que acho normal que, para quem ama a Vida, gostar de comemorar o dia em que veio a Ela. Neste dia de hoje agradeço a Deus a sorte de ter uma família maravilhosa, uns amigos incansáveis e um percurso de vida fenomenal a que, infelizmente, nem todos podem alcançar. 

Mas hoje, a 1ª vez que desde que nasci, que estou fisicamente longe da minha mãe e da minha avó Té é a elas que quero dedicar esta mensagem. O amor que tenho ao Pai e ao Avô é do tamanho do Mundo, e sei que eles não se ofenderão por isto, mas há algo de inexplicável e mágico na relação com estas 2 Mulheres na minha vida. 

O calor do colo da avó, que chegava sempre quando saía do colégio, o beijo terno da mãe, depois de um dia de escola, a mão macia da avó que aperta a minha enquanto vemos televisão, a festa da mãe na cara quando chegava uma boa nota, as lágrimas de alegria da avó depois de lhe cantar os parabéns...e assim podia continuar infinitamente a descrever todos os gestos de Amor destes dois seres que hoje, neste dia, eu gostaria de ter aqui comigo.

Contudo, esta mensagem é de esperança e amor e não de tristeza ou nostalgia. Os nossos 3 seres estão unidos até ao fim dos tempos e nada, nem ninguém, incluindo a própria distância física, podem anular esse vinculo. Ainda que longe estou sempre bem perto no coração de cada uma de vós e mesmo que no futuro a distância nos possa vir a separar temporariamente nós estaremos sempre na mente e corações uns dos outros.

A guardar todos os beijos, lágrimas e abraços para a data da minha chegada aí a Lisboa aqui vos deixo um beijo com todo o amor que tenho e um muito obrigado por me terem tornado no homem que sou.

Às duas Mulheres da minha Vida


domingo, 17 de outubro de 2010

Uma Aventura em Niterói!

Hoje, pelas 10h, a Telma, nossa companheira de passeios, o Francisco, meu fiel amigo de Intercâmbio, e eu partimos em direcção ao centro no ônibus 438 para desembarcar no Terminal das Barcas que fazem a ligação entre o Rio de Janeiro e Niterói.


Um pouco de história...

Temendo um novo ataque estrangeiro após a invasão francesa de 1555, o Governador Geral do reino de Portugal ofereceu a Araribóia, concessão das terras correspondentes à maior parte do actual território de Niterói, a Martim Afonso de Souza, em 1568. A aldeia fundada pelo índio temiminó em 1573 recebeu a denominação de São Lourenço dos Índios numa cerimónia solene. Niterói foi elevada à categoria de Vila em 1817, tendo São Domingos como sede. D. João frequentava São Domingos, hospedando-se, quando em visita, num palacete doado para esta finalidade. São Lourenço dos Índios passa a chamar-se, em 1819, Vila Real da Praia Grande. Só em 1834 é elevada à categoria de cidade, denominando-se Nictheroy (água escondida em tupi-guarani), tornando-se capital da Província do Rio de Janeiro. A importância político-administrativa deu novo impulso à cidade e seu crescimento tornou-se cada vez mais visível, com a multiplicação das edificações públicas comerciais, residenciais e também a abertura de novas ruas.




Em 1835, surgia o serviço de navegação a vapor da Companhia de Navegação de Nictheroy, ligando o Rio a Niterói. Em 1862, aparece a Companhia Ferry, com barcas mais confortáveis e luxuosas. Em 1956, é inaugurada a estação hidroviária de Niterói. Com a remodelação das embarcações, o percurso passa a ser feito em 20 minutos. Mas seria em 1974, com a inauguração da Ponte Rio-Niterói, a maior do Hemisfério Sul que a cidade ficaria fortemente ligada ao Rio. A construção tem o maior vão em viga reta contínua do mundo - o vão central, uma estrutura de aço com 300 metros de comprimento suspensa a 60 metros de altura e é a mais importante estrutura das Américas, com mais de 2.150 quilômetros de cabos e considerada uma das três maiores pontes do mundo em volume espacial (relação entre o comprimento, a largura e a altura dos pilares e fundações).


A nossa visita!


Chegados à estação das barcas de Niterói dirigimo-nos a um posto turístico onde nos ofereceram dois mapas sobre a cidade: um deles de gastronomia (o meu favorito!) e outro sobre os principais pontos a visitar. De imediato apanhados o ônibus 47B para chegar ao tão famoso e renomeado MAC - Museu de Arte Contemporânea do famoso Oscar Niemeyer.



Como um disco voador que parece pairar sobre a linha do horizonte de Niterói o MAC é em tudo magnífico na sua construção. O pilar que suporta a estrutura de forma oval achatada, como uma nave de um OVNI, é tão estreito que para quem olha de longe a sensação é a de que o edifício levita no ar. Uma rampa de linhas futuristas permite ir subindo desde o 1º piso, onde o restaurante "Chic Niterói" ocupa lugar com uma vista deslumbrante sobre a Baía de Guanabara, até ao 3º piso, onde se encontra o museu propriamente dito, passando pelo 2º piso com a loja e bilheteira.

Ao subir a rampa a sensação é a de perfeita harmonia com o Cosmos e a Natureza, como que uma onda de vento nos envolvesse no ambiente mágico de comunhão entre o edifício e a Baía.



E chegados ao topo a vista é literalmente "breath taking"!






Lá dentro do museu algo que o meu pai adoraria pelo "expoente máximo da intelectualidade" mas que para mim, muito mais parecido com a minha mãe, é difícil de entender qual a ciência ou até mesmo beleza: numa parede a obra "nuvens musicais" numa tentativa de expressar em telas o céu e a música; noutra a obra de umas ondas pintadas em papel branco; e na última uma televisão microscópica com cenas de praia de Niterói em 1900 e troca o passo! Em suma, fraca a exposição. Mas só pelo sítio e beleza do edifício e das vistas valeu!




À saída regressámos para os abrasadores 30º do exterior e ainda comprámos umas t-shirts do museu com direito a foto sobre as praias de São Francisco.



Como a hora de almoço estava próxima e o estômago já dava horas fomos almoçar ao nosso já conhecido SubWay onde comemos as nossas belas sandes quilométricas e super bem servidas no Shopping Plaza Niterói. 

Numa verdadeira aventura, apanhámos o ônibus 33 para ir visitar a Fortaleza de Santa Cruz, primeiro ponto de entrada na Baía de Guanabara onde os portugueses chegaram primeiramente antes de se aventurarem para o interior misterioso daquilo que é hoje o Rio. Mas arrepende-mo-nos...O ônibus começou a tomar um percurso em direcção à favela próxima da fortaleza, onde habitam maioritariamente pescadores e o motorista só nos disse "ah, é rapidinho...vão sempre em frente e é meia hora no pé". Quando olhámos o suposto caminho que o motorista nos tinha aconselhado verificámos que era uma subida íngreme ladeada de favela que subia a montanha para depois a descer e finalmente ao fim de uma recta de um quilómetro chegar à fortaleza! A opinião de todos foi unânime em não prosseguirmos. Parecia evidente o que nos podia acontecer além de que o passeio estava literalmente feito para quem tivesse carro, o que não era o nosso caso.

Metemos o rabinho entre as pernas e do alto do nosso ar de "gringos" puros apanhámos o mesmo ônibus para o centro, de onde tínhamos vindo. Descemos no calçadão da Praia de São Francisco e como não havia muito mais a ver decidimos sentar-nos no passeio, virados para a Baía, com o Pão de Açucar e todo o Rio a sorrirem-nos da outra margem. Ali ficámos meia hora a apreciar uma bela água de coco gelada.




O regresso foi normal nas mesmas barcas que nos tinham levado a Niterói. 
Foi um dia bem passado ainda que estivesse à espera de algo mais cosmopolita e movimentado.

sábado, 16 de outubro de 2010

Adventus Caelum...

Divinal. É esta a palavra que pode descrever a experiência desta tarde e por momentos, mesmo, quase que pensei que estava na minha Velha, Civilizada e Culta Europa! A convite da Prof.ª Claúdia Brütt, nossa professora de Atendimento Publicitário, fomos esta tarde ao Theatro Municipal do Rio de Janeiro.

Até há 2 anos atrás o Theatro estava profundamente degradado sem qualquer interesse para a vida cultural da cidade mas através do interesse e suporte financeiro do BNDES e da Petrobrás foi possível restaurar interna e externamente o teatro e torná-lo em algo magnífico!

Construído à imagem da Ópera de Paris, o Theatro Municipal é residência permanente da Orquestra Sinfónica Brasileira (OSB) e não há palavras para descrever a beleza dos seus interiores...!


Todos eles estão magnificamente ornamentados com decorações alusivas a cenas da mitologia Greco-Romana, trabalhadas em madeira forrada a talha dourada, ferro e bronze, com inspiração nos elementos decorativos e arquitectónicos clássicos.


O famoso Café Assyrio, onde se pode tomar um café expresso ou um chocolate quente no intervalo dos espectáculos, assenta num estilo egípcio, com os topos das colunas que suportam o tecto a serem esfinges com cabeças de leões e as paredes decoradas com figuras de louvor ao Faraó e escrituras egípcias.


Mas depois de ter apresentado a historia do local aqui fica o acontecimento que de facto nos levou hoje ao Theatro Municipal: "O Anel dos Nibelungos", a famosa obra de Wagner que serviu de inspiração à banda sonora da mundialmente reconhecida trilogia d' "O Senhor dos Anéis"!

Atendendo a que a composição musical tem mais de 14 horas seria impossível ouvi-la por inteiro no Theatro mas tivemos o privilégio de escutar a Parte II, uma das mais famosas, que chegou mesmo a inspirar um anúncio da companhia de seguros Império Bonança, em Portugal, ainda na década de 90.


A orquestra, magistralmente organizada e liderada pelo maestro Roberto Minczuk, é composta por cerca de 150 elementos distribuídos pelos instrumentos clássicos orquestrais e tocou magnificamente os trechos sinfónicos das quatro óperas que compõem o ciclo "O Anel dos Nibelungos", à semelhança dos concertos já apresentados em várias partes do Mundo, com a mesma composição, nas cidades de Nova Iorque, Londres e Paris.

De acrescentar ainda que, apesar desta ópera ser a parte central do programa, ela foi precedida numa primeira parte pelo Prelúdio da Ópera  "Parsifal", também ela de Wagner, e numa segunda parte, pela obra de 1956, de György Ligeti, "Lontano". A primeira, a última obra de Wagner, marcada por um tom fúnebre e religioso numa escultura de ascensão musical que culmina num êxtase sensacional e a segunda marcada pela esperança do pós II Guerra Mundial.

Por fim, e para todos os que me conhecem bem de mais, foi bom ver, cheirar e conviver com pessoas civilizadas, num país que em matéria de "savoir-être et savoir-faire" está a anos luz da Europa, nossa terra mãe! Foi magnífico ver todos os senhores com os seus belos fatos e fraques e as senhoras com os seus vestidos cerimoniais elegantíssimos e os seus perfumes inebriantes.

Por duas horas senti-me em Lisboa!

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Mais Um Dia em Cheio!

Hoje o dia foi marcado por dois grandes acontecimentos: o primeiro deles o tão esperado e desejado Passeio no Jardim Botânico e o outro a Estreia do filme mais esperado do ano no Brasil "Tropa de Elite 2"!

Ao início da tarde partimos no ônibus 570 em direcção ao Bairro do Jardim Botânico. Chegados à entrada do Jardim com cerca de 132 hectares ficámos maravilhados com a orla de palmeiras imperiais que percorrem os principais caminhos do espaço turístico. 


Criado em 1808 na regência de D. João VI, o jardim possui hoje uma fantástica colecção de orquídeas e bromélias e ainda vestígios das antigas Fábrica de Pólvora do Rio e da Escola Superior de Bellas Artes. Ao centro, na avenida principal do jardim, uma fantástica fonte, e ao longo dos inúmeros cantinhos e caminhos secretos do jardim, pontes e caminhos permitem a travessia entre margens.

Confesso que esperava mais mas até que foi agradável o passeio!


Ao final da noite a aí sim o momento alto do dia a Estreia de TROPA DE ELITE 2! Se viram o primeiro e gostaram posso-vos garantir que o segundo é 1000 vezes melhor. Agora, os novos inimigos do Capitão Nascimento não são mais os traficantes, mas sim os homens de poder e da Política. E já que fomos a um dos cinemas mais chiques da margem sul claro que no final fomos surpreendidos com a presença dos actores  que nos concederam tempo para dois dedos de conversa e umas fotos.


Enfim, um dia em cheio!**

domingo, 10 de outubro de 2010

Viagem a Petrópolis - Cidade Imperial

Em parte motivados pela ida das nossas amigas Mariana e Rita na semana anterior a Petrópolis, decidimos também nós aventurar-nos ontem na descoberta daquela que é considerada a cidade com a rua mais cara do Brasil e uma das mais caras do Mundo!


Cidade Imperial, Petrópolis deve o seu nome ao Imperador D. Pedro I que aí fixou residência de Verão para fugir à agitação da metrópole carioca, assim como a cidade vizinha, Teresópolis, que deve o seu nome à mulher de D. Pedro, D. Teresa Cristina. Desta forma se imortalizariam lado a lado as duas cidades tal como os túmulos dos monarcas que se encontram expostos na famosa Catedral de São Pedro de Alcântara.


A cidade é chamada de "Sintra Carioca" devido às parecenças climáticas e de urbanização que tem com a Sintra Portuguesa. Dividida por canais de água com pontes vermelhas para a passagem de peões de uma margem para a outra, as avenidas são ladeadas de vivendas, chalés e mansões, construídos em diversos estilos arquitectónicos típicos do final do século XIX, como o neo-gótico francês ou o normando do Norte da Europa.


Aqui residiam todas as figuras proeminentes da data como elementos da alta nobreza e burguesia ou ainda barões do café e empresários dos caminhos de ferro. Perto da Catedral de São Pedro encontra-se o chalé de D. Isabel, filha de D. Pedro, a Mansão de seu esposo, Conde d'Eu e ainda a Mansão do Barão de Mauá, o empresário mais rico dos caminhos de ferro brasileiros ou ainda a Mansão do Conde do Rio Negro, um dos cafezeiros mais ricos do Brasil, nos finais do século XIX.



Com a implantação da República e o exílio de muitas destas famílias as casas foram vendidas e reocupadas para fins como prefeituras ou residências de altas patentes das forças armadas. Hoje, ainda subsistem alguns descendentes dessas famílias que conseguiram readquirir as casas de seus antepassados e o mais curioso é que o único descendente vivo do Imperador D. Pedro, com cerca de 70 anos, continua a ter direito ao recebimento de uma taxa de 2,5% sobre todas as transacções imobiliárias que se façam na cidade.

Mas aqui se localiza também a rua mais cara do Estado do Rio de Janeiro, do Brazil e uma das mais caras da América Latina e do Mundo onde uma casa custa no mínimo 1 milhão de reais e pode chegar aos 30 milhões de reais. Isto porque aí viveram e vivem os único descendentes vivos das famílias Mauá, Rio Negro e Bragança e Orleans, que para os mais distraídos é o apelido da última geração de monarcas portugueses: a Casa de Bragança e Orleans.


Hoje a cidade é um importante pólo turístico, escondendo verdadeiros tesouros como a Casa do 1º Aviador Brasileiro, Santos Dumont, e inventor do relógio de pulso, o Palácio Imperial, com a coroa e colecção de jóias dos Imperadores e ainda a Fábrica de Chocolate que inspirou a novela Chocolate com Pimenta ou a Casa de Pedra onde a famosa Fernanda Montenegro protagonizou a novela Guerra dos Sexos passando pelo Palácio de Cristal da princesa Isabel ou pelo antigo casino-hotel do Palácio da Quintandinha onde ficaram Marilyn Monroe e Brigitte Bardot nos anos 50.

Sem dúvida uma pérola do Turismo a não perder para quem venha ao Rio!



sábado, 9 de outubro de 2010

Depois da Tempestade...a Bonança!!!!!

Ao fim de 3 semanas atarefadas de provas quebrámos finalmente o ciclo de estudos com dois passeios que há muito queríamos fazer, tanto eu como o Francisco!

Na passada 6ª feira fomos à Confeitaria Colombo (já nossa tão conhecida!) para almoçar uma vez mais e de seguida partimos à descoberta da Ilha Fiscal. E perguntam-se vocês o porquê deste nome!? A Ilha fica bem centrada na Baía de Guanabara, principal ponto hídrico, como todos sabem, da Cidade do Rio, virada para o único ponto de abertura ao Oceano Atlântico de toda a Baía. Em meados do século XVII o Governo Estadual, apercebendo-se da importância da localização da Ilha pensou que ela poderia funcionar como um ponto de fiscalização de todas as embarcações que entrassem na cidade. Assim, a Ilha tornar-se-ia um primórdio daquilo que são hoje as Alfândegas.

Mais tarde, a beleza da Ilha, com o seu Palácio em verde esmeralda condizendo com as águas da Baía, chamaria a atenção do Imperador D. Pedro II e de sua esposa D. Teresa Cristina, assim como de toda a nobreza e alta burguesia dos meados do século XIX. Mais tarde, como testemunha da Amizade entre o Brasil e o Chile, o Imperador ordenou a organização de um Baile para a recepção de um dos mais altos representantes do Exército Chileno.

Com perto de 2000 mil convidados, a Família Real chegaria na Barca Imperial, uma magnífica embarcação em estilo Roccocó com inúmeras peças de porcelana e tapeçaria, e os restantes convidados em embarcações que desciam da actual Praça XV, no centro da cidade, de 20 em 20 minutos, também elas esplendidamente ornamentadas. Numa festa que durou toda a noite no exterior devido ao elevado número de convidados e ao forte calor que se fazia sentir! Mas o Baile ficaria marcado por um acontecimento único... Seria o Último Baile da Côrte Imperial. Dias depois, o Imperador seria deposto e a República seria proclamada.

Hoje, a ilha é um dos pontos turísticos mais requeridos do Rio e alberga não só uma exposição magnífica sobre os hábitos, fauna e flora da Amazónia mas também a visita ao Palácio onde decorreu o último baile imperial. Além disso, os Jardins com vista sobre toda a Baía são magníficos para umas fotos com amigos!


terça-feira, 5 de outubro de 2010

1 Aninho de Vida...Urra!

Foi quase há 1 ano que a nossa família teria a melhor notícia que uma família pode ter: o nascimento de um novo membro.

Naquele atipicamente abrasador mês de Outubro, no 11º dia do calendário, pelas 13h, nascia o mais recente membro da família Freitas Costa: o nosso querido Caetano. Recordo-me de estarmos a almoçar num restaurante perto de nossa casa a minha avó Helena, a minha mãe, o meu pai e eu, aguardando pela notícia que podia chegar a qualquer momento.

Subitamente o telemóvel do meu pai tocou e todos suspirámos. Um grito de alegria do meu pai (o avô!) dizia é pilas, é pilas...Logo percebemos que tinha nascido um menino, isto porque o meu irmão e a sua mulher, a minha querida Joana, não queriam que se soubesse o sexo da criança.

Os aplausos no restaurante ecoavam e rapidamente acabámos a refeição para nos dirigirmos ao hospital. Com perto de 35º no exterior o ambiente era abrasador no hospital e ao fim de muito tempo de espera na sala de visitas lá vimos um serzinho muito pequenino e frágil, todo de azulinho e com o mítico dedinho já na boquinha!

Foi dos dias mais bonitos e felizes que vivi nos últimos tempos e nunca pensei que o nascimento de um sobrinho me deixasse tanto em êxtase e tão BABADO! Sim, porque esta é a palavra que descreve todo o meu estado de espiríto face ao Caetano, nos últimos tempos.

Agora que está quase a completar 1 aninho de vida, aqui deixo a minha homenagem ao meu querido sobrinho que tanto amo. Apesar de não poder passar tanto tempo com ele como gostaria (afinal a vida quotidiana e aquela maldita Católica não o permitem!) todos os dias me lembro da sua bonita face e do seu jeito terno de olhar. Espero que daqui a uns anos ele possa ter como prova do amor que lhe tenho estes registos...

Beijos a todos


segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Alguém Muito Especial...

Foi há já quase dois anos que conheci alguém que ficaria para sempre num cantinho especial no meu coração!

Logo de início houve um entendimento e cumplicidade excepcionais entre nós...Hoje devo-lhe muito e mais do que mentora é para mim uma amiga para a vida.

Em sua honra, por ter sido a primeira fã neste blogue aqui fica o meu muito obrigado pelos momentos infindáveis de apoio, nos momentos mais felizes e mais tristes, nos momentos académicos e particulares...sempre a meu lado a dar-me apoio.

Um beijinho enorme Dra.

Inauguração do Meu Blogue!

Depois de ter perdido a paciência para criar um blogue sobre a minha estadia aqui na Cidade Maravilhosa uma grande amiga despertou-me o bichinho outra vez.

Hoje, estava eu a consultar o meu email normalmente quando vi uma mensagem da minha querida Inês Ribeiro, informando-me que tinha agora o seu blogue Maria Madrid, por sinal muito engraçado!

Minutos depois atirei-me com toda a coragem a estas mil e uma definições que a brilhante tecnologia nos permite hoje escolher para criar um simples blogue.

A todos os que mais amo e adoro nesta vida e sem os quais não saberia viver! Obrigado Inês...!