E o 'até à próxima' chegou 6 meses depois. Parecia não me enganar quando suspeitava que a ausência de notícias no blogue ia ser prolongada. Hoje, a 2 dias de terminar o curso, é altura de fazer um balanço de tudo o que se passou e de tudo o que ainda está para vir.
O semestre foi longo e penoso como qualquer semestre naquela casa chamada Católica. Além de um semestre cheio de trabalho em todas as cadeiras, juntou-se uma cadeira com fama de impossível e um duelo num grupo de trabalho como nunca tinha tido. O semestre começou logo em força com a apresentação das cadeiras e a ginástica para conciliar os horários após regressar de intercâmbio e ter mais créditos para fazer do que aqueles que são permitidos num semestre normal.
A solução encontrada foi evidentemente passar uma das cadeiras para exame de finalistas e rezar para que esse 'one shot' corresse bem, ao mesmo tempo que fiz uma pequena cadeira de 'spanish small and medium enterprises', que contribuiria com uns pozinhos de créditos. Depois de algumas alterações de turmas e conversas com os professores para alguma tolerância em matéria de presenças, pude finalmente concentrar-me no trabalho e em tudo o que me esperava.
A cadeira com fama de impossível era PCG - uma coisa designada por Planeamento e Controlo de Gestão, algo relativamente recente (anos 80) e que virou moda ser leccionado. Conforme defendem os professores, esta cadeira faz parte dos planos curriculares das universidades mundiais de topo, nas quais a Católica continua a acreditar inserir-se, e por isso, eis que alunos que não querem qualquer relacionamento com o mundo financeiro ou contábil, tem de levar com ela. Foi o meu caso, como já podem adivinhar! O mais interessante foi que o trabalho da cadeira, que até era giro e interessante e útil, foi o maior fiasco e vergonha da minha vida enquanto estudante...Porquê? Tudo por causa de um grupo mal escolhido, de um 'bunch' de miúdos mimados e mal intencionados, armados ao esperto e com a mania que são inteligentes, mesmo depois de terem extrapolado o prazo normal do curso de 3 anos para 5 anos, e depois de terem médias que não excedem os meros 12 valores, qui çá, por especial favor. Mas isso já passou, e o que interessa foi que passámos com a misericórdia do professor que reconheceu o trabalho técnico e de sociabilização árduo do Francisco e meu. As provas correram-me bem melhor que à média do ano, especialmente a primeira em que obtive um honroso 13, que me valeu os elogios e apreciações sistemáticos, quotidianos e continuados dos meus pares durante, pelo menos, 3 dias. A 2ª não foi certamente um epíteto de sucesso mas permitiu-me a aprovação.
Em todas as outras cadeiras, confesso que já a algum tempo, não tinha tamanha satisfação com tantas cadeiras, nem tão pouco, resultados tão distintivos. Alguns professores doidos, maus, com pancada e alienados da realidade do mundo mas isso já vem sendo hábito na casa. Outros simpáticos, realistas e com conteúdos de manifesta aplicabilidade, para além de valorizarem o trabalho e não os favoritismos ou nomes de família (ou pelo menos disfarçarem-no!).
O que é facto é que a minha Via Sacra chegou finalmente ao fim! 3 anos de muito trabalho, sacrifícios, alegrias, tristezas, vitórias e derrotas, como em qualquer capitulo da nossa vida. Por agora, quero distância da instituição. Talvez pelo facto de algumas feridas serem bastante recentes, que o único sentimento que consigo nutrir por aquela casa e seus habitantes seja desprezo! No entanto acredito que o tempo é de facto o melhor remédio para qualquer mal, pelo que possivelmente daqui por uns tempos, os sentimentos se possam assemelhar mais com as 'Quatro Estações' de Vivaldi.
No meio deste turbilhão de 'emotional feelings' reconforta-me saber que deixei para trás algumas boas memórias, algumas boas pessoas, alguns bons professores, e acima de tudo, um grande bom amigo. O Francisco foi e continua a ser, indubitavelmente, um grande apoio profissional e pessoal, sem o qual tudo teria sido bem mais difícil. É certo que temos as nossas zangas e desavenças, mas que amizade não as tem? Afinal, se o destino se incumbiu de nos juntar nas circunstâncias perfeitamente anómalas que precederam a nossa aproximação, é porque achou que isso valeria a pena. Acredito hoje, piamente, que tenho aqui uma amizade para a Vida, e na senda da minha teoria sobre amizades: 'mais vale poucos e bons do que muitos e maus', talvez se perceba o porquê de ao fim de quase 17 anos de escolaridade, a minha lista restritíssima de amigos se cinja a pouco mais de meia dúzia de pessoas, e com muito orgulho!
A todos os que fizeram parte desta jornada, começando por enumerar, evidentemente, os pais e avós, mas também os amigos mais chegados, conhecidos, e outros, que esporadicamente, deram o seu contributo para a construção desta jornada, eis que deixo aqui o meu Muito Obrigado por mais um capitulo certamente inolvidável da minha Vida.
Ao fim destes três anos, uma coisa é certa: acredito ser hoje uma melhor pessoa, mais consciente, desperta e inteligente para com o Mundo, o que apenas foi possível com trabalho, esforço, abnegação, dedicação e um grupo maravilhoso de pessoas que me rodeiam!
O que é facto é que a minha Via Sacra chegou finalmente ao fim! 3 anos de muito trabalho, sacrifícios, alegrias, tristezas, vitórias e derrotas, como em qualquer capitulo da nossa vida. Por agora, quero distância da instituição. Talvez pelo facto de algumas feridas serem bastante recentes, que o único sentimento que consigo nutrir por aquela casa e seus habitantes seja desprezo! No entanto acredito que o tempo é de facto o melhor remédio para qualquer mal, pelo que possivelmente daqui por uns tempos, os sentimentos se possam assemelhar mais com as 'Quatro Estações' de Vivaldi.
No meio deste turbilhão de 'emotional feelings' reconforta-me saber que deixei para trás algumas boas memórias, algumas boas pessoas, alguns bons professores, e acima de tudo, um grande bom amigo. O Francisco foi e continua a ser, indubitavelmente, um grande apoio profissional e pessoal, sem o qual tudo teria sido bem mais difícil. É certo que temos as nossas zangas e desavenças, mas que amizade não as tem? Afinal, se o destino se incumbiu de nos juntar nas circunstâncias perfeitamente anómalas que precederam a nossa aproximação, é porque achou que isso valeria a pena. Acredito hoje, piamente, que tenho aqui uma amizade para a Vida, e na senda da minha teoria sobre amizades: 'mais vale poucos e bons do que muitos e maus', talvez se perceba o porquê de ao fim de quase 17 anos de escolaridade, a minha lista restritíssima de amigos se cinja a pouco mais de meia dúzia de pessoas, e com muito orgulho!
A todos os que fizeram parte desta jornada, começando por enumerar, evidentemente, os pais e avós, mas também os amigos mais chegados, conhecidos, e outros, que esporadicamente, deram o seu contributo para a construção desta jornada, eis que deixo aqui o meu Muito Obrigado por mais um capitulo certamente inolvidável da minha Vida.
Ao fim destes três anos, uma coisa é certa: acredito ser hoje uma melhor pessoa, mais consciente, desperta e inteligente para com o Mundo, o que apenas foi possível com trabalho, esforço, abnegação, dedicação e um grupo maravilhoso de pessoas que me rodeiam!
